03/12/2009

Painel 1


Painel 2


Painel 3


Painel 4


Painel 5




O Exercício na Terceira Idade


Com o envelhecimento da população, especialmente nos últimos anos, novas necessidades e desafios surgem no que se refere à saúde. Entre eles, aparece a idéia que não basta só envelhecer, mas sim o fazer com qualidade de vida. Assim, a prática de exercício físico continuada é fundamental para que isso ocorra. Seus incontáveis benefícios contribuem em diversas componentes da qualidade de vida, das quais algumas serão pormenorizadas a seguir.

Com o passar dos anos, o rendimento físico das pessoas tende a cair. A flexibilidade diminui, subir uma escada já não é mais como antes e a disposição para encarar os pequenos desafios do dia-a-dia é menor. Esse fenômeno tem explicações múltiplas, entre as quais estão o aumento de massa gorda (devido a uma queda no metabolismo basal não acompanhada de uma diminuição da ingestão calórica) e a fragilização óssea (especialmente nas mulheres, cujas taxas de estrógeno e portanto a fixação de cálcio tendem a cair). E muitos crêem que isso é natural, ou seja, na velhice as pessoas são fragilizadas e se locomovem com dificuldade. Essa idéia mudou radicalmente: principalmente através do exercício físico, é possível envelhecer com o mínimo de perda de disposição e de força. Isso ocorre basicamente por dois mecanismos. O primeiro é mais óbvio: a prática de exercício físico, especialmente modalidades aeróbicas (menor intensidade e maior duração), obtém sua energia da beta-oxidação de ácidos graxos provenientes, ao menos em parte, das reservas adiposas. Já o segundo promove o incremento de massa óssea, importantíssimo para a osteoporose que afeta tantas pessoas nessa fase. Para ele existem duas explicações, que não são necessariamente excludentes: uma afirma que as pressões nos ossos advindas de exercícios repetidos com pesos (musculação) promove algo próximo a ‘micro lesões’ que estimulam a secreção de mais matriz óssea; a outra defende que o impacto de exercícios como caminhada e corrida também promove esse estímulo.

Além de benefícios físicos, há também diversos benefícios psicológicos decorrentes da prática contínua de exercício físico. Entre eles está o combate a depressão, que já foi comprovado empiricamente por diversos estudos. O que ainda não está certa é a explicação bioquímica desse efeito. Alguns afirmam que a depressão diminui porque a pessoa aumenta sua auto-estima, sentindo-se mais disposta com os primeiros resultados e melhorando a auto-imagem. Outras teorias postulam explicações fisiológicas das mais variadas, entre elas aparecem o aumento de dopamina e serotonina (neurotransmissores relacionados com a sensação de bem-estar), além da influência do exercício no eixo hipófise-hipotálamo-adrenal (HHA).

Assim concluímos que envelhecer bem só é possível com exercício físico. Ele promove a qualidade de vida por diversos caminhos, entre os quais o ganho de disposição física e o combate à depressão. Vimos ainda que a prática de exercício físico é capaz de prevenir e combater diversos males característicos da velhice, como quedas e osteoporose. Assim, fica claro que o exercício, como em todas as fases da vida, é também essencial aos idosos.


Referências Bibliográficas:

IMPACTO DA ATIVIDADE FÍSICA NA DEPRESSÃO EM IDOSOS

Profa Ms. Andréa Camaz Deslandes

Instituto de Psiquiatria (IPUB)

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

http://grupoanima.org/wp-content/uploads/livro_edmundo_08-06.pdf



02/12/2009

Diabetes e Exercício


O exercício físico é benéfico para qualquer pessoa. No entanto, pode-se observar, nos diabéticos, uma melhora na qualidade de vida e no controle da doença, graças à pratica de atividades físicas, além de todos os benefícios já conhecidos pela prática regular de exercícios. Foi realizado um estudo pela Universidade Federal de Campinas, que analisou o efeito da prática de exercícios em diabéticos:

“O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito do exercício físico regular no controle glicêmico em indivíduos diabéticos tipo 2, tratados e não tratados com insulina, em pessoas da região do Vale do Itajaí, SC, com idades entre 45 e 75 anos. Foram realizados testes de glicemia jejum (GJ), hemoglobina glicosilada (HbA1) e glicemia capilar nos clientes da Unicardio/HSC e nos participantes da Associação dos Diabéticos de Blumenau (n= 33), onde estes passaram por um programa de exercício físico de 10 semanas, após as quais os participantes da amostra foram reavaliados. Foi avaliado também: perfil lipídico, pressão arterial, freqüência cardíaca de repouso e índice de massa corporal”.

Os resultados do estudo podem ser resumidos da seguinte forma:

“No presente estudo, o programa de exercício físico em indivíduos com DM2 induziu melhora nas variáveis: glicemia de jejum, HbA1, lipídios plasmáticos, freqüência cardíaca de repouso e índice de massa corporal. Os resultados obtidos para o grupo de diabéticos tipo 2, estudado após 10 semanas desse programa, estão de acordo com o esperado para o tratamento dessa doença. A glicemia de jejum isolada após o treinamento físico baixou. Isso poderia ser justificado pelo efeito benéfico do exercício, tal como a melhora da captação de glicose que se encontra aumentada durante o exercício físico, mesmo com baixos níveis insulinêmicos”.

Os gráficos abaixo mostram as melhoras nos níveis de glicose, hemoglobina glicosilada, lipídios plasmáticos e freqüência cardíaca, respectivamente.





De fato, o que acontece é que, no músculo esquelético, a glicose consegue entrar nas células graças à presença de receptores para a glicose, conhecidos como GLUT 4. Estes são dependentes de insulina, portanto só captam glicose na presença de concentrações altas desta. No diabetes, essa captação é deficiente, ou devido à ausência de insulina, no caso do diabetes tipo I, ou devido à resistência à insulina, no caso da diabetes tipo II. O exercício físico aumenta o número de GLUT’s no músculo, facilitando a captação de glicose mesmo na diabetes. Assim sendo, o exercício se torna uma maneira eficaz de minimizar os efeitos da diabetes, auxiliando no tratamento e melhorando a qualidade de vida do diabético.



Bibliografia:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302002000500009&script=sci_arttext