24/11/2009

Extresse Oxidativo

Os radicais livres de oxigênio são produzidos naturalmente pelo nosso corpo e nem sempre são danosos ao organismo, tendo até mesmo funções importantes como na ativação do sistema imunológico, no processo de desintoxicação de drogas entre outras . Cerca de 2 a 5% do oxigênio total consumido dá origem a produtos reduzidos como o radical ânion superóxido, peróxido de hidrogênio e radicais hidroxila. Essas espécies de subprodutos são chamadas de espécies reativas de oxigênio (EROs) . Altos níveis de EROs são causam cosequencias destrutivas, como a oxidação de estruturas celulares e o prejuízo na homeostase intracelular. Com o objetivo de diminuir a ação tóxica da EROs, o organismo dispõe do sistema enzimático antioxidante. Além disso, também existem moléculas com ação antioxidante que são consumidas na dieta, como α-tocoferol (vitamina E), β-caroteno (precursor de vitamina A), selênio, zinco, cobre, glutationa reduzida (GSR) e ácido ascórbico .


Alguns alimentos que contêm moléculas antioxidantes: laraja(ácido ascórbico), cenoura (β-caroteno), amendoim(α-tocoferol), entre outros.

Embora essas defesas antioxidantes reduzam o risco de lesões oxidativas a prática constante de exercício extenuante pode desencadear um desequilíbrio entre a defesa antioxidante e a produção da EROs gerando uma situação de estresse oxidativo.

O aumento de radicais livres está associado com o exercício físico devido a um aumento do consumo de oxigênio pelos tecidos ativos. Verificou-se que após o exercício físico de curta ou longa duração existe um aumento da concentração de radicais livres nos tecidos que coincide com a presença de danos teciduais. Na realidade, a relação entre estresse oxidativo e exercício físico está diretamente relacionada à intensidade e duração do exercício. O exercício físico extenuante pode desencadear o estresse oxidativo que gera diminuição do desempenho físico, fadiga muscular, danos musculares, promovendo alteração do sistema imune e do estado de treinamento dos indivíduos. As conseqüências do estresse oxidativo são mais acentuadas em indivíduos pouco treinados que realizam exercícios com intensidade e duração acima do seu condicionamento físico.

Na maioria dos casos, verifica-se que quanto maior é a intensidade do exercício (> 70% do consumo de oxigênio máximo [ O2máx]), maior é a síntese de ERO. Indivíduos que se submetem a exercícios intensos e prolongados ou treinos exaustivos, ou ainda, que possuem freqüência de treinamento muito elevada podem exceder a capacidade do sistema antioxidante endógeno, promovendo estresse oxidativo.




Bibliografia:
SCHNEIDER, Cláudia Dornelles ; OLIVEIRA, Alvaro Reischak de . Radicais livres de oxigênio e exercício: mecanismos de formação e adaptação ao treinamento físico. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 10, Nº 4 – Jul/Ago, 2004

CRUZAT, Vinicius Fernandes; ROGERO, Marcelo Macedo; BORGES, Maria Carolina and TIRAPEGUI, Julio. Current aspects about oxidative stress, physical exercise and supplementation. Rev Bras Med Esporte [online]. 2007, vol.13, n.5, pp. 336-342. ISSN 1517-8692.

Imagem:http://territoriofeminino.blogtv.uol.com.br/img/Image/MulheresPossveis/2008/Janeiro/antioxidantes.jpg

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