A pesquisa foi feita pela UNIFESP e através de questionários psicológicos e observação. Foram analisados os comportamentos de 400 atletas brasileiros, sendo 200 deles de elite, com nível internacional em diversas modalidades, incluindo atletas de futebol, vôlei, judocas e ginastas, comparados a 200 praticantes amadores de atividade física.O resultado obtido foi que aproximadamente 30% dos voluntários analisados apresentavam características que se enquadravam no estado de vício. O principal indício é quando o indivíduo deixa de lado outras atividades importantes do seu dia para exercitar-se.
Também percebeu-se na pesquisa que a maioria das pessoas viciadas tinham algum disturbio de imagem corporal como anorexia ou vigorexia(distúrbio caracterizado pela obsessiva preocupação com a massa muscular), pois estes distúrbios normalmente levam a pessoa à uma carga maior de exercício, podendo culminar no vício.
Uma das possíveis causas bioquímicas para a dependência em exercício fisíco é a liberação de endorfinas que existe nos exercício de longa duração. A endorfina é um hormônio opióde endógeno responsável por diversas alterações psicofisiológicas, que vão desde o controle da dor até a sensação de bem estar proporcionada pela prática da atividade física. Isso pode explicar as sensações desagradáveis relacionadas à privação de um ou alguns dias de treino, que se mostram similares à síndrome de abstinência que grande parte das drogas causa, estando possivelmente relacionadas à produção e dependência dos opióides endógenos.
Os principais indícios de que o exercício se tornou um vício são:
- Estreitamento de repertório, preocupação excessiva com o corpo ou alimentação.
- Perda de interesse social por causa do treino.
- Opção de treinar mesmo com ambiente desfavorável.
- Comportamento compulsivo.
O vício em exercício físico mostra principalmente características psiológicas e fisiológicas:
Sintomas psicológicos: aumento da ansiedade, crises de depressão, irritabilidade, diminuição do tempo de sono, diminuição do vigor.
Sintomas Fisiológicos: aumento da fadiga, baixa do sistema imunológico, alterações hormonais, aumento da tolerância (necessidade de mais sessões de treino para obter o mesmo resultado) e crises de abstinência.
Bibliografia:
http://bvs.fapesp.br/namidia/noticia/31388/unifesp-pesquisa-viciados-exercicio/
http://www.unifebe.edu.br/revistaeletronica/2009/artigo011.pdf
Foto: http://www.justicadesportiva.com.br/GMSfotos/Palmeiras-2---treino-1109.jpg
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